segunda-feira, 1 de junho de 2009

A Pequena Sereia se deu mal

Rocambole era uma jovem sereia, tinha esse apelido devido ao fato de ser uma mocinha-peixe muito doce, porém, um tanto enrolada.
Seus olhos eram roxos, seu cabelo cor de laranja bem vivo que contrastava com a imensidão azul do mar.
Vivia em Sereia's City, tinha alguns amigos, porém, fazia nada o dia todo... O que a irritava profundamente.
A jovem sereia tinha o sonho de sair daquelas águas. Também tinha o hábito de colecionar objetos que por ventura caíssem no mar. Sua coleção de quinquilharias era composta por um galão de água, uma laranja e uma mecha de cabelo humano. Ela considerava tudo aquilo seu tesouro, apesar de não saber ao certo a utilidade daquelas coisas.
Mas... peraí! Isso está me parecendo uma famosa história da Disney... Que plágio!
Certo dia, Rocambole resolveu ir até a superfície do mar, estava cansada de sua vida, tudo alí era muito azulzinho e cansativo. Queria pensar o que fazer para mudar aquela situação.
Nesse dia, enquanto boiava em seus pensamentos, ouviu um trovão. Uma tempestade se aproximava... Ela ficou por ali e concluiu que não via graça na calmaria, na mesmice do oceano tranquilo. Preferia quando ele se encontrava agitado, desafiador, incerto, como em dias de tempestade.
Em alguma ocasião de sua vida, Rorô (vou chamá-la dessa forma porque ficar falando de Rocambole toda hora me dá fome) ouviu dizer: - Quem tem boca, vai à Roma! -Bom, pensou ela, pés eu não tenho, porém boca não me falta! Isso já é uma boa coisa, não é?
Roma lhe parecia um lugar legal, diferente, divertido!
Ela estava decidida a sair da rotina que a afogava e já tinha ouvido certa vez que tudo o que é diferente é divertido! Não lembrava ao certo quem havia dito tal frase, talvez em algum sonho... talvez algum mago magrelo... Pensando bem, acho que foi eu mesma já ouvi isso algumas vezes.
Então Rorô começou sua jornada nadatória. Foi perguntando à todos os peixinhos do oceano qual era a direção certa a seguir. Porém não obteve resposta alguma, pois peixes não falam, fazem apenas glub glub ou algo parecido.
Ainda no caminho, encontrou um peixe palhaço desesperado procurando Nemo e uma peixe-anjo que sabia falar baleiêis. Ela continuou da mesma forma, nadou durante dias até chegar a Itália.
Na Costa, Rocambole rolou até a areia e encontrou duas crianças que brincavam com um carrinho na praia.
Ela disse: - Eiii, meninos! Será que vocês podiam me dar uma caroninha até Roma, fica meio difícil nadar no seco!
Os garotos estranharam a situação, porém aceitaram e saíram de lá carregando Rorô no carrinho até Roma.
Nossa, isso me lembrou uma coisa: " O Rato roeu a roupa do Rei de Roma, o Rei ficou raivoso e roeu o resto! Hihihihi! Mas, isso não vem ao caso! TROCA!
Rocambole estava feliz por ter alcançado o seu objetivo, tentava aproveitar cada segundo daquela nova experiência e ficou pela cidade, no carrinho dos garotos até o anoitecer.
De repente ela ouviu um grande estrondo, como um trovão, parecia que o céu estava desabando. A sereia olhou para cima, mal conseguia enxergar.
Um raio de luz verde amarelado fluorescente lhe aquecia a cabeça, logo subiu um cheirinho de peixe assado.
Ela percebeu que estava levitando. Ao mesmo tempo que sentia muito medo estava achando tudo aquilo bem interessante. Para quem sempre nadou, flutuar parecia algo bem legal.
Depois disso, a sereia não lembrava de muita coisa.
Quando Rocambole acordou viu uma grande placa com letras brilhantes que dizia o seguinte: BEM VINDO A SATURNO!
Ela notou que estava rodeada por serzinhos verdes, gosmentos, cabeçudos e com fisionomia de gatos.
Percebeu que algo definitivamente não ia bem, ela estava deitada numa espécie de prato gigante com salada e limão.
Rocambole era a refeição, o prato principal e a sobremesa!
A pobre sereia foi então devorada... Literalmente... Viu, seus pervertidos!!!

Um comentário:

  1. Muito bom! XD
    O estilo ainda está um pouco infantilizado mas você conseguiu misturar e ligar muito bem os componentes... o começo, o meio e o fim...
    Bom demais! Adorei!

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