sexta-feira, 10 de julho de 2009

Coisas estranhas


Eu não sei se alguma vez já lhes contei as coisas estranhas que acontecem ao meu redor. Podem parecer absurdas, às vezes até invenção, mas posso jurar que a vocês que são fatos verídicos
A lembrança mais antiga que tenho foi em uma de minhas vidas passadas, aliás, posso dizer que foi em uma morte passada, pois tudo ocorreu depois que eu já tinha partido “daquela” para uma melhor.
Como sempre fui uma boa garota, fiz minha passagem, com destino certo ao Céu, pelo menos assim eu acreditava.
Chegando lá encontrei um enorme portão dourado, devia ter uns 10 metros e este possuía um cadeado nas mesmas proporções. Em frente ao portão, estava parado um senhor barbudo que me lembrava Papai Noel, mas ele estava usando algo que me parecia um vestido azul. Segurava uma chave em suas mãos. Logo percebi que aquele senhor era o tão falado São Pedro e que ele iria me abrir os portões para o meu cantinho no Paraíso.
Para a minha surpresa ele barrou minha entrada. Ele estava com um caderno em suas mãos e na capa havia a minha foto sorridente. Então, ele começou a folhear as páginas e apontou com seu dedo gordinho para um trecho que estava em negrito. Leu por algum tempo com cara de que a coisa ia ficar feia para o meu lado e então disse:
- Vejamos... Temos um problema aqui! Quem mandou você seguir o que dizia a música infantil e realmente atirar o pau no gato?
Tentei explicar o que havia acontecido, contei que havia sido apenas uma experiência. Queria constatar se o bichano realmente não morreria e se era verdade que gatos tinham sete vidas. Se realmente tivesse, nada aconteceria, já que ainda lhe restariam outras seis. Então, eu disse:
- Mas São Pedro, como eu ia saber que o gato já havia torrado todas as suas vidas disponíveis?
Depois de muita conversa consegui convencê-lo, com a condição de cantar três vezes ao dia a versão da música em que o gato não se dá mal. Sabe? Aquela que diz: “Não atirei o pau no gato, por que isso não se faz...” O resto, vocês já sabem! Se não souberem também... Ah! Por favor, não me façam repetir essa música!
Já na minha vida atual, as coisas não são tão normais como eu esperava que fossem.
Meu peixe dourado Bola Rebola adora dançar funk. Isso mesmo que vocês ouviram! Eu não sei como, mas desde o dia em que minha priminha tentou fritá-lo ele criou esse hábito. Deve ter sido algum tipo de trauma, ou... Sei lá o que. Só sei que ele é capaz de ficar fora d’água tempo suficiente para dançar o “Creu” e faz a coreografia em todas as velocidades. Só um detalhe: Péssimo gosto musical!
Outro fato, porém não menos inusitado que presenciei certa vez foi quando eu estava em Hollywood. Resolvi acompanhar minha tia Gertrudes, ela estava decidida a procurar um famoso cirurgião plástico e finalmente deixar de ter apenas glúteos mínimos para ter glúteos máximos.
Estávamos próximo ao consultório quando passou por nós um enorme caminhão com letras grandes onde se lia: ZOO! Curiosa, fui perguntar a um dos rapazes que estavam próximos ao caminhão o que poderia ser aquilo.
Até hoje não sei se ele realmente me disse a verdade, mas o que ele me disse foi o seguinte: Uma famosa girafa de um parque africano estava há meses deprimida e cabisbaixa pois seu grande sonho era se tornar uma zebra. Ela adorava pensar no fato que poderia ser tanto branca com listras pretas como o contrário e achava que preto e branco era o último grito da moda. Também não via sentido em ter um pescoço tão longo e tinha esse complexo por que os outros animais do parque a chamavam de Pescoçuda e apelidos similares.
A girafa já havia tentado se enforcar várias vezes sem sucesso, pois devido à sua estatura nunca conseguira algo alto o suficiente para tal tarefa. O máximo que fazia era ficar por horas com algo no pescoço que todos diziam ser um colar.
Então, lá estava ela, deitada dentro do caminhão com um grande sorriso estampado na sua cara de girafa, aguardando o horário de sua operação de “mudança de espécie”.
Definitivamente coisas estranhas acontecem comigo.
Há uns cinco anos atrás fui à Londres com um amigo meu, ele queria ver o show do Elton Jonh e George Michael. Sim, sim, exatamente o que vocês pensaram, ele é super gay, ré no kibe, essa coisa toda...
Estávamos apreciando as belezas da cidade em um início de noite fria, quando, de repente vimos algo atravessando as vidraças do Big Bang.
-Será um pássaro? Um avião? Não... Não faço idéia do que pode ser!
Segundo as pessoas presentes era um rapaz magrelo com algo que parecia uma turbina em suas calças.
As manchetes de todos os jornais traziam a versão do moço voador que atendia pelo nome de Moon.
Segundo ele, o vôo foi ocasionado pela ingestão de uma mistura explosiva de sopa de feijão com goiabada e bala mentos. De acordo com suas palavras, ele decolou da laje de sua casa na velocidade e foi parar em Londres!
Creio que eu fui a única pessoa a acreditar na sua história, afinal, para quem já viu um peixe dançarino, São Pedro em frente aos portões do Céu e uma girafa querendo ser uma zebra, nada parece tão inacreditável assim.

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